30 março 2011

A arte do rabisco


TULLET, Hervé, The Scribble Book, Londres, Tate Publishing, 2010

Não é um livro de pintar, não é preciso respeitar as linhas e sofrer porque nunca fica exactamente como era suposto. Requer apenas lápis, canetas, ou qualquer outro material que escreva, a leitura das instruções (embora os exemplos sejam bastante explícitos por si só) e depois é só rabiscar, pelo prazer e gozo de rabiscar.

De grande formato (maior que um A4) e com um papel grosso que resiste a uma manipulação mais entusiástica ou uns rabiscos mais furiosos, este livro é um óptimo desinibidor para aqueles pequenos Picassos que ficam frustrados e se queixam de não saber desenhar. Alterna entre as páginas para rabiscar desenfreadamente (como no desenho da capa onde o objectivo é alimentar o monstro que come rabiscos, ou na página onde se tem que rabiscar a Mona Lisa), outras em que os rabiscos são mais dirigidos e controlados (rabiscar o cabelo e bigodes de umas caras, a linha que uma bola faz para entrar na baliza) e até umas fantásticas molduras para que os pequenos artistas pintem as suas obras de arte.

Por cá, a edição inglesa vende-se na Livraria Bulhosa. Se quiser saber mais sobre o autor, espreite o site.

Contracapa da edição francesa

"Tantos monstros! Que pesadelo! Rabisca por cima deles com toda a força."

"Como está o tempo hoje? Rabisca-o"

"Desenha mais pó, senão o aspirador aborrece-se..."

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